Os artistas de música clássica são universais, ainda que tenham começado seus estudos nos países onde nasceram. O jornal de circulação internacional Financial Times destaca, num artigo escrito por Andrew Clark, a pianista japonesa Mitsuko Okada, que reside em Londres e se consagrou na Europa. Mas recentemente tem havido uma verdadeira avalanche de artistas chineses de música clássica, pois seus ouvidos parecem treinados para ouvirem variados tons desde a infância, como os que são usados nas comunicações até verbais na China.
A entrevista ocorreu num pequeno restaurante usado pelos artistas na movimentada Kensigton Church Street. Mitsuko Uchida já está com 62 anos, mas não aparenta. Ela nasceu em Atami, mudou-se para a Europa aos 12 anos acompanhando seus pais e estudou em Viena, para muitos a Capital da música clássica. Consagrou-se na Inglaterra onde recebeu o título de Dame Commanderda Ordem do Império Britânico. A sua fama está associada aos vienenses, como Mozart, Beethoven, Schubert, mas também a Schumann, Debussy, Schoenberg.
A pianista Mitsuko Uchida em bela foto de Dan Porges
Ela excursiona pelo mundo desenvolvido da música clássica, tocando nas salas mais consagradas. Mas monitora também os jovens músicos. É uma cidadã do mundo, conservou o japonês, foi educada musicalmente em alemão e influenciada pelo inglês. Ela se sente mais europeia neste mundo globalizado, sentindo a tolerância londrina, uma cidade cosmopolita.
Ela continua sendo um ícone para os jovens japoneses que adoram a música clássica, mas não tem mais familiares no Japão. Muitos de sua família também estão globalizados, e ela continua admirando a simplicidade dos japoneses e a capacidade de suportar sofrimentos, mas também é crítica sobre muitos dos seus comportamentos que beiram a vulgaridade.
O autor da entrevista observa que ela é uma verdadeira artista, com seus méritos e agudo espírito crítico, inclusive sobre o seu próprio trabalho que exige muito treinamento, como o pedido de 10 anos para julgar até os jovens que estão se consagrando no cenário musical internacional, como o pianista chinês Lang Lang.
Começou a estudar piano com seis anos de idade, sob a orientação de Carlo Lonati. A partir dos treze anos, tornou-se aluno de Carlo Vidusso. Aos dezesseis anos, iniciou seus estudos de composição com Bruno Bettinelli.
Em 1960, venceu o Concurso Internacional de Piano Chopin de Varsóvia. Em seguida ao término do concurso, toca o Concerto nº 1 de Chopin no teatro La Scala de Milão, sob a regência de Sergiu Celibidache.
Em 1963, apresenta-se em Londres e Berlim. Pollini é solista da Filarmônica de Berlim em 1970.
Sua primeira gravação pela Deutsche Grammophon: "Três Movimentos de Petrushka" de Stravinsky e a Sonata nº 7 de Prokofiev, feita em 1971, é o início de uma notável discografia.
Pollini é artista de grande refinamento, de alto rigor técnico e extremamente intelectual. A música contemporânea tem sido parte do repertório de Pollini desde que este pianista começou a sua carreira de concertista internacional.
Arnold Schoenberg teve seu centenário de nascimento comemorado em 1974.No mesmo ano, em Londres, Pollini tocou a integral das obras para piano deste compositor. Berg, Webern, Pierre Boulez e até mesmo Stockhausen tem lugar no repertório deste pianista.
Quando criança, Richter teve a sua introdução musical dada pelo seu pai, Theophile, que era um organista que emigrara da Alemanha para aRússia; desde cedo, Richter mostrava-se auto-didata e assim foi desenvolvendo a sua técnica excepcional, tocando as músicas que mais gostava. Aos oito anos, ele tocava passagens de óperas (principalmente de Wagner, Tchaikovsky e Verdi), costume que manteria quando adulto em reuniões informais com amigos. Richter cresceu em Odessa onde seu pai lecionava no Conservatório; lá, ele convivia com Emil Gilels e David Oistrakh, que futuramente tornar-se-iam parceiros de concertos.
A sua primeira apresentação em público aconteceu em 19 de fevereiro de 1934, em Odessa; o repertório incluía obras solos de Chopin, como a Balada No. 4, Polonaise-fantaisie, e Scherzo em Mi Maior, e uma seleção de noturnos, estudos, prelúdios, todas obras de grande dificuldade. O recital foi um sucesso e sua carreira como virtuoso havia começado.
Em 1937, Richter partiu de Odessa para Moscou para estudar com o grande pianista e pedagogo Heinrich Neuhaus; ele não havia feito o exame para o ingresso no Conservatório, apenas perguntou para Neuhaus se ele poderia ser seu tutor. Após Neuhaus ouvi-lo tocar, ele declarou: "Aqui está o aluno que estive esperando durante toda minha vida. Na minha opinião, um gênio". Neuhaus declarou ainda que ele nada tinha a ensinar a Richter, mas mesmo assim o aceitou como seu pupilo.
Em 26 de novembro de 1940, quando ainda era um estudante do Conservatório de Moscou, Richter fez a sua estréia na cidade. Em sua primeira apresentação para o público, ele interpretou aSonata No. 6 de Prokofiev, que causou uma grande impressão da platéia e do próprio compositor. Quando Prokofiev acabou de escrever a sua Sétima Sonata, em 1942, ele a deu para Richter estreiar. Em janeiro do ano seguinte, Richter a executou, sendo que aprendeu essa peça complexa em apenas 4 dias. A partir daí, nasceu uma amizade que duraria até a morte de Prokofiev, em 5 de março de 1953; Richter também estreou as últimas Sonatas No. 8 e 9 de Prokofiev, os quais foram dedicados pelo compositor ao pianista.
A primeira vitória em competições aconteceu em 1945, no "Encontro dos Estudantes da União (Soviética)". O juri era encabeçado pelo compositor Dmitri Shostakovich, que mais tarde escreveu: "Richter é um fenômeno extraordinário. Toda arte musical é acessível para ele".
Em 1949, Richter venceu o Prêmio Stalin, recebendo todos os tipos de reconhecimentos não-oficiais do governo soviético.
Em 1958, Richter desempenhou o papel de jurado na primeira Competição Tchaikovsky, em Moscou; Richter ficou tão impressionado com a interpretação de Van Cliburn que atribuiu 100 pontos como a sua nota final, quando o máximo permitido era 10 pontos, e deu nota 0 aos restantes dos participantes. Van Cliburn venceu a competição, mas Richter nunca mais foi chamado para fazer parte de juri novamente.
O Ocidente teve a primeira oportunidade de ouvir Richter através de gravações dos anos 1950, e sua reputação diante dos críticos cresceu rapidamente. Em 1955, Gilels fazia apresentações pelos EUA e certa vez ele respondeu às críticas que havia recebido sobre as suas atuações: "Esperem até vocês ouvirem o Richter!".
O empresário Sol Hurok tentou organizar uma turnê para Richter nos EUA, mas apenas alguns anos depois o governo soviético permitiu. Durante a década de 1950, Richter viajou para os países soviéticos do Leste Europeu. Apenas em maio de 1960, foi autorizado a viajar para o Ocidente, mas no máximo até a distância de Helsinque - Finlândia. Cinco meses depois, ele finalmente fez a sua estréia em Chicago. Ele tocou o Concerto para Piano No 2 de Brahms, sob a regência de Erich Leinsdorf. Uma gravação foi feita no dia seguinte, que permanece no seu catálogo. A sua estréia em Nova York consistia em uma série de sete recitais em 10 dias no Carnegie Hall em Outubro de 1960.
No entanto, Richter preferia fazer os seus concertos para o público do Leste Europeu, apesar do baixo pagamento que varia em torno de US$100 a US$200 por concerto. Ele dizia: "prefiro o entusiasmo das platéias de Novokuznetsk às aclamações artificiais de um Carnegie Hall, de Nova York".
Por causa do seu sucesso, Richter passou a ser muito solicitado para apresentações e gravações. Ele viajou pelo mundo todo e atuou nas orquestras mais importantes, mas rapidamente decidiu que não queria continuar com este estilo de vida. Estava contra a sua natureza assumir compromissos com anos de antecipação. Ele preferiu seguir a sua intuição e assim explorar novos repertórios.
Nos tempos livres, Richter dedicava-se à pintura. Pintou algumas explêndidas aquarelas. Richter não era apegado a bens materiais, sendo que doou dezenas de seus quadros ao Museu Pushkin, no qual atualmente se encontram na Sala Richter. Richter viveu uma vida precária e segundo Francis van de Velde, "quando ele necessitava de dinheiro, ele dava um concerto". Certa vez, disse que "a música deve ser dada de graça àqueles que a amam", mas logo completou: "os empresários não vão gostar da idéia".
Richter também fez uma aparição como regente em 1952, fazendo uma apresentação da Sinfonia-Concerto de Prokofiev, que fora decidada a Mstislav Rostropovich. Richter temia que nunca mais poderia voltar a tocar por causa de uma pequena ferida sofrida em um dos dedos, e assim estudou regência por algumas semanas; no entanto, o seu dedo recuperou-se rapidamente e logo ele voltou para o cargo de pianista.
Richter não gostava de telefones porque ele não conseguia ver a pessoa com quem estava falando. Ele também não gostava de aviões e preferia viajar por trem ou carro, no entanto, admitia que gostava de viajar; em 1986, ele percorreu Moscou até Vladivostok de carro, e deu concerto em muitas pequenas cidades ao longo do caminho. Aproveitou a viagem e levou a sua arte para pequenos povoados da Sibéria, em uma época em que muitos de seus colegas deixam de fazer apresentações.
Durante os últimos anos de sua vida, ele ganhou a reputação de artista que cancelava seus compromissos na em cima da hora, sem avisos prévios. Seu último concerto foi em Lubeck -Alemanha, em março de 1995 (na época, tinha oitenta anos). Em seu programa, tocara 3 sonatas de Haydn e as Variações sobre temas de Beethoven, de Max Reger. Richter faleceu emMoscou em 1º de agosto de 1997, aos 82 anos, vítima de um ataque cardíaco.
Richter se irritava com o rótulo, que as pessoas davam a ele, de militante contrário ao governo soviético. Segundo ele, "era contra o sistema mas em nenhum momento eu fui um ativista". Avesso a causas políticas, Richter nunca se filiou ao Partido Comunista, porém tocou no funeral de Stalin, em um piano de armário com os pedais quebrados. Para ele, aquele foi um momento triste, não pela morte do ditador mas sim pela morte de seu amigo Sergei Prokofiev, que coincidentemente morrera no mesmo dia (5 de março de 1953). Quando Richter ainda estudava noConservatório de Moscou, em plena era stalinista, ele foi expulso duas vezes da instituição por se recusar a freqüentar as aulas obrigatórias de "Política". Graças a intervenção de Neuhaus, a quem sempre o apoiara e o considerava como um pai espiritual, acabou readmitido no Conservatório.
Em 1945, Richter foi acompanhante da soprano russa Nina Dorliak com o repertório de Rimsky-Korsakov e Prokofiev. Este foi um início de uma amizade que duraria até o último momento de suas vidas. Richter e Dorliak não eram oficialmente casados, embora eles fossem companheiros inseparáveis. O lado prático de Dorliak contrabalanceava com o lado impulsivo de Richter. Ela o ajudava a organizar a sua agenda, relembrava-o de seus compromissos e administrava seus compromissos profissionais.
Existem rumores de que Richter fosse homossexual; na antiga União Soviética, ser homossexual era contra a lei e, apesar disso, o sistema nunca lhe criou problemas. O crítico americano Paul Moor afirma que "foram estas leis que o impediram de atingir a felicidade plena".
É difícil descrever o seu estilo de execução em poucas palavras. Seu estilo mudava conforme o compositor e, além disso, sua técnica também mudou ao passar dos anos. Sua interpretação deBach era sereno e discreto, enquanto a de Liszt era brilhante e calorosa. Em Schumann, as suas interpretações eram cheias de paixão e a de Stravinsky eram vivas e divertidas. Não existe um consenso de suas interpretações, embora a sua interpretação é facilmente reconhecida, já que sempre possui muita elegância, inteligência e controle técnico. É sempre reconhecido a importância que Richter dava a idéia poética da música, dando enfoque a cada nota tocada. As suas execuções de uma obra nunca eram iguais, o que mostra que Richter tinha o interesse de descobrir o seu verdadeiro sentido por trás da obra.
Nas obras de Beethoven, Brahms, Scriabin ou Shostakovich, encontra-se sempre o pensamento e a voz do compositor nas interpretações de Richter. Nenhum outro pianista foi tão apto e flexível para entrar em contato com a essência de obras tão diferentes em si.
Seu conceito sobre a função do intérprete era utópico. Richter acreditava na tese de que o pianista, ao invés de "contaminar" a música com sua personalidade, deveria ser o mero espelho da partitura e incorporar as intenções emocionais do compositor.
Richter tinha uma excelente capacidade de leitura à primeira vista, além de possuir uma memória extraordinária, e podia tocar imediatamente peças que ele nunca ouvira antes; possuía um repertório que incluia 80 programa de recitais e que, somente na temporada de 1978-1979, realizou 200 concertos, executando 226 peças. Em 1980, Richter sofreu embaraçosos lapsos de memória em público durante concertos no Japão e na França e, desde então, passou a sempre tocar com uma partitura à vista.
Richter possui um vasto repertório; possui gravações de obras de diversos compositores, como Bach, Haydn, Stravinsky, Hindemith, Rachmaninov, Schubert, Beethoven, Gershwin. No entanto, ele era muito seletivo; por exemplo, nunca tocou o Concerto para Piano No 3 de Rachmaninov e nem o Concerto para Piano No 5 de Beethoven, pois em ambos os casos, ele dizia que já havia outros intérpretes que as tocaram tão bem que nessas obras ele nada iria acrescentar de novo. Richter também não tocou todas as Sonatas de Beethoven, nem todos os Estudos de Chopin e nem os Prelúdios de Rachmaninov. Ao mesmo tempo, ele se dedicava no estudo de obras menos populares que, segundo ele, mereciam atenção. Talvez os melhores exemplos são as Sonatas de Schubert: Richter interpretou a maioria delas numa época em que poucos pianistas as tinham feito. Ele também interpretou algumas Sonatas de Haydn, obras comumente desconhecidas, para a surpresa e delírio de sua platéia.
Richter não gostava de fazer gravações e normalmente as fazia durante a noite; gravava longas tomadas e refazia movimentos completos ao invés de fazê-las em sessões menores. Embora Richter tenha feito inúmeras gravações em estúdio, as melhores interpretações vieram de sua performace com platéia. Entre elas, podemos destacar a "Pictures at an Exibition" de Mussorgskytocada em Sofia, Bulgária (apesar da baixa qualidade sonora e dos ruídos do auditório), o programa dedicado a Scriabin em Varsóvia, as Sonatas completas para cello e piano de Beethoven, executadas com o violoncelista Rostropovich, tocadas em Edimburgo. Suas gravações de estúdio eram mais formais e precisas, mais apropriadas para ouvir diversas vezes, porém nelas se encontra menos excitação e não existe a sensação de risco que a gravação em público proporcionava. Também podemos destacar a sua interpretação das primeiras gravações do Concerto para Piano No 1 de Tchaikovsky, sua versão cheia de força do Concerto para Piano No 1 de Prokofiev, e sua deslumbrante interpretação do Estudo Transcendental de Liszt.
Richter nunca teve um posto de professor em um Conservatório e nunca teve um discípulo, ao menos formalmente. Richter justificava: "Como eu posso ensinar alguém se eu estou sempre aprendendo?"; porém, ele tinha amizades íntimas com jovem pianistas como Lazar Berman, Andrei Gavrillov e Zoltan Kocsis, a quem indiscutivelmente ensinara muito. Gavrilov afirmava sobre a influência que Richter tinha sobre toda uma geração de músicos: "Richter não era simplesmente uma grande escola, mas um tipo de pessoa que emanava uma energia que nos fazia sentir absolutamente diferentes".
Richter educou uma geração de ouvintes com as suas interpretações e sua escolha de repertório. Ele era um artista único e imprescindível, que desafiava sua platéia e atraia um enorme público fiel. De fato, sua reputação continua crescendo.svia
Considerado por muitos o pioneiro na música electrónica pop, bem como um “quebra-recordes” de espectáculos ao ar livre nos quais inclui efeitos laser, de pirotecnia, conjugando imagens projectadas com a arquitectura existente no local do espectáculo, juntando a isso os efeitos surround dos seus temas. O seu primeiro single "oficial" foi La Cage/Erosmachine de 1970, as músicas são bastante experimentais. Muitos afirmam que Jarre gravou as escondidas nos estúdios da GRM durante a noite, e utilizou tudo que esteve em suas mãos para criar efeitos, como por exemplo uma maquina de escrever.
Jarre vendeu estimadamente 80 milhões de álbuns e singles ao longo da sua carreira (desde 1971) e bateu 4 recordes no Guinness World Records Book.
Em 1986 ele trabalhou num concerto com a NASA: o astronauta Ronald McNair iria tocar o solo de saxofone da música Rendez-Vous VI enquanto estivesse em órbita no Ônibus espacial Challenger, enquanto os seus batimentos cardíacos seriam usados como amostras de som na mesma música. Esta seria a primeira música gravada do espaço, a ser incluída no álbum Rendez-Vous. Após o desastre com a espaçonave Challenger em 28 de Janeiro de 1986, a música foi gravada com outro saxofonista, recebeu o nome de Last Rendez-Vous - Ron's Piece e tanto a música, como o álbum foram dedicados aos astronautas mortos no acidente com a Challenger. Ele é um Embaixador da Boa Vontade da UNESCO, dedicado à causa da cultura, informação e liberdade. Oxygene
Em 1976 é lançado pela Disques Dreyfus o seu primeiro LP totalmente instrumental e sintetizado, Oxygene, que teve um sucesso estrondoso na França e só um ano mais tarde é lançado no resto do mundo pela Polydor, obtendo igual importância em outros países como por exemplo, o Reino Unido, Portugal, Espanha, Estados Unidos, Brasil, etc.
Devido à grande importância de "Oxygene", Jean Michel Jarre recebe ainda em 1976 vários galardões, como o 'Grand Prix Du Disques' da Charles Cross Academy. Em 1977 a revista americana "People", coloca Jean Michel Jarre como uma das personalidades do ano, feito notável para um artista francês que tinha acabado de lançar o seu primeiro álbum. Deste LP, para além da sua interessante capa, (o planeta Terra desfazendo-se, com um crânio por dentro), destacam-se os famosos singles Oxygene II e Oxygene IV, sendo o primeiro adaptado em vários anúncios comerciais, e o segundo alvo de variadíssimas covers e do seu primeiro video-clip, em que numa das versões mostra inúmeros pinguins andando no gelo.
Em 1983, um grupo de pintores e escultores franceses iriam realizar uma exposição sobre supermercados. Assim tiveram a idéia de chamar um músico de grande prestígio para compor a base musical da exposição, então contactaram Jean Michel Jarre.
Jarre se interessou pela idéia e compôs 30 minutos de música para exposição, foram 3 meses de trabalho. Durante esse período, ele comparou seu futuro álbum como uma pintura ou escultura. Assim decidiu que seria produzido apenas uma cópia e depois posto a venda; Depois da dita exposição ocorida no Hotel Drout em 6 de Julho de 1983, o álbum foi a leilão sendo vendido por 69.000 FF, tornando-se o álbum mais caro vendido na França. O dinheiro arrecadado foi doado as artistas responsáveis pela exposição, e no mesmo dia o álbum foi tocado integralmente pela única vez na Radio Luxemburgo e o próprio Jarre autorizou que os ouvintes gravassem em fitas as músicas do álbum.
Embora o álbum seja único, algumas partes de seu conteúdo foram aproveitadas em futuros trabalhos de Jarre como Rendez-Vous e Zoolook.
Jean Michel Jarre permaneceu por mais de 25 anos na gravadora francesa Disques Dreyfus, foi lá onde inciou sua carreira com o apoio de Francis Dreyfus, o dono da gravadora. Equanto esteve nela, lançou os álbuns mais bem sucedidos de sua carreira como Oxygene (1976), Equinoxe (1978) dentre outros. Na gravadora, Jarre também atuou como produtor e ajudou vários artistas e grupos musicais a conquistarem espaço na mídia francesa como foi o caso de Gérard Lenorman, Triangle, Christophe (com quem trabalhou também como produtor e letrista de seu single "Les Mots Bleus") além de produzir dois álbuns de Patrick Juvet. Jarre em um concerto da Oxygene Tour em Milão.
Mas com o passar do tempo, a Dreyfus não concordou com as experimentações que Jarre queria fazer, como os álbuns Sessions 2000 (2002) e Geometry of Love (2003), o que o levou a abondonar a gravadora. Com o rompimento do contrato, não foi permitido que Jarre recuperasse sua discografia oficial anterior ao ano 2000. Assim a Disques Dreyfus pode fazer o que bem entender com o catalógo antigo do maestro. Atualmente, depois de uma passagem pela Warner Music, Jarre está agora na EMI onde lançou um álbum em comemoração aos 30 anos do álbum Oxygene de 1976.
In-Doors World Arena Tour 2009-2010 Após ter realizado durante o ano de 2008 uma turnê por vários países para celebrar o aniversário de seu primeiro sucesso, Oxygene de 1976, Jean Michel Jarre está preparando uma nova turnê que busca resgatar seus maiores sucessos em versões totalmente reformuladas. A grande surpresa é que assim como na turnê Oxygene, Jarre utilizará instrumentos analógicos e não fará uso de playback e computadores como era de costume em seus shows no passado. Será a primeira turnê em que não existe um álbum como carro-chefe, mas anunciou que novos materiais estariam sendo testados para utilizá-los em futuro álbum a ser lançado no fim de 2009 ou começo de 2010.